quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Mr. Karl HardCock nunca teve um orgasmo


Mr. Karl HardCock era um cara legal.

Gostava de seu sobrenome. Gostava do sucesso que fazia com as mulheres. Gostava de vê-las delirando e gemendo sob/sobre ele. Sua vida era feliz.



Mas, um dia, Mr. HardCock conheceu uma menina diferente. Nada anormal não. Só que durante o sexo ela pediu um pouco mais de calma, depois um pouco mais de força, depois um outro ritmo, depois olhou nos olhos dele sem fazer nenhum escândalo e nem gritar "oh, yes", depois fez coisas que Mr HardCock nunca tinha presenciado. Mr HardCock ficou um pouco confuso, mas entrou no clima e foi tentando se habituar aos novos procedimentos. Mr HardCock já logo pensou que seria uma das melhores gozadas de sua vida. Aos poucos Mr HardCock começou a sentir desejos que nunca tinha sentido antes. Mr HardCock teve vontade de sugar a alma da menina pela boca. Mr HardCock teve vontade de fundir-se com ela. Imaginou que seria ótimo se pudessem realizar algum tipo de reação nuclear. Quando a menina puxou-o pela nuca e lhe mordeu o ombro, Mr HardCock lembrou-se de um documentário da Discovery sobre lobos acasalando. Quando a menina pediu - Me bate! - Mr HardCock sentiu-se um carrasco aplicando a sentença mais cruel do mundo. Quando Mr HardCock pediu também - Me bate! - o tapa que levou percorreu desde o abdômem, o local do impacto, até o cérebro com uma lerdeza que ele nunca havia visto antes. Pôde sentir todo o caminho dos impulsos elétricos por dentro do seu corpo. E pôde sentir que a menina parecia saber qual caminho era esse, pois o caminho percorrido por sua língua era idêntico e também elétrico.

Mr HardCock sentiu-se o homem mais poderoso do mundo durante esta transa. Mr HardCock sentiu-se o homem mais vulnerável do mundo durante esta transa. Realmente, esta seria a melhor gozada de sua vida!


O encontro entre Mr HardCock e a menina seguia oferecendo novidades. Não era nada estranho nem pervertido ao extremo. A diferença não estava no que faziam e sim no como faziam. Mr HardCock nunca entendeu o que aquela menina havia despertado nele. Parecia algum tipo de reação química entre os dois. Não era amor, nem nenhuma fantasia romântica. Mas, não podia deixar de sentir que nunca esteve tão próximo de outra pessoa quanto naquele momento. Os pensamentos de Mr HardCock não paravam no lugar.

Mas, não pensem que ele estava desconcentrado. Sabia muito bem o que estava fazendo. A menina também estava vivendo um momento interessante, pelo menos era o que seus olhos diziam, embora de sua boca saíssem alguns xingamentos e outros ruídos ininteligíveis.


E foi então que aconteceu. Mr HardCock sentiu que a ejaculação se aproximava. Bom, na verdade já fazia um tempo que a ejaculação estava aproximando-se, mas essa era a ultima aproximação, aquela que ele sabia que não iria conseguir conter. Mr HardCock avisou a menina. Ela disse apenas - Eu também. Mr HardCock então se liberou para o gran-finale. A menina também. O ritmo tornava-se algo vertiginoso. Mr HardCock assustou-se um pouco quando percebeu que não conseguia mais respirar. Assustou-se um pouco mais quando sentiu uma contração absurda no abdômem, nada que já tivesse sentido antes. Seu coração também se acelerou absurdamente. Ele reconhecia os sinais, mas desta vez parecia tudo extremamente ampliado. Em seguida, deixou de sentir as pernas, o que fez com que desabasse sobre a menina. Ela gemeu e sorriu. Um sopro de ar preencheu seus pulmões. As contrações em seu corpo começavam a diminuir de intensidade. Mr HardCock ficou um pouco preocupado, pensando que não havia ejaculado. Retirou cuidadosamente o pênis de dentro da menina e ao retirar a camisinha percebeu que tudo havia acontecido normalmente, ou pelo menos quase!

Deitaram-se lado a lado. Mr HardCock sentiu, pela primeira vez, um sono tremendo. Como se estivesse completamente sem energia. logo ele que sempre se gabara de estabelecer uma conversa interessante após o sexo. Olhou para a menina e viu que ela respirava tranquilamente, com os olhos semi-serrados. Tentou falar alguma coisa, ela simplesmente disse - Shhhhh.... e virou de costas, puxando a mão dele para perto do seio. Ele envolveu-a com os braços, misturou seus pés com os dela, beijou-a na nuca e adormeceram. Tranquilos.


Encontraram-se mais cinco vezes depois. O sexo era sempre assim, incrível. Mas, não combinavam no resto. Na política. Nos ideais. No gosto das roupas. Não conseguiram estabelecer uma relação. Sentem carinho um pelo outro e tesão, muito tesão. Mr HardCock, quero dizer, Karl, que é como ele se apresenta agora, já encontrou outras parceiras que o fizeram sentir isso aí de cima. Às vezes não encontra. Às vezes é apenas legal, com esforço de ambos os lados. Mas Karl não sente culpa. Ele sempre se entrega à batalha.

Mr Karl HardCock nunca havia tido um orgasmo. Até aquele dia.

4 comentários:

Brisas disse...

nossa, sem palavras...

Brisas disse...

emm todos os lugares há coisas a se fazer e essas palestras também são apredejadas aqui, comum, divergencias de idéias.

Na parte de educação, conversei com um pedagogo, é decepcionante e triste, vc se sentir de mãos atadas sem poder fazer anda, as coisas estão todas erradas...

o negócio e queimar tudo e recomeçar do zero! rsrsrssss...

Hummm... deixar as coisas acontecerem é o que há, é melhor, a vida tem que seguir seu rumo naturalmente, melhor não interferir!

boa sorte e beijos, Rafa!

Anônimo disse...

adoro o mr. aí

Unknown disse...

Isso parece autobiográfico...estou precisando de umas lembranças assim...