domingo, 22 de julho de 2007

O sorriso de Karenin


Do caos confuso dessa idéia, germina no espíríto de Tereza uma idéia blasfematória da qual ela não consegue se desvencilhar: o amor que a liga a Karenin é melhor que o amor entre ela e Tomas. Melhor, mas não maior(...) É um amor desinterassado: Tereza não pretende nada de Karenin. Nem mesmo amor ela exige. Nunca precisou fazer as perguntas que atormentam os casais humanos: será que ele me ama? será que gosta mais de mim do que eu dele? terá gostado de alguém mais do que de mim? Todas essas perguntas que interrogam o amor, o avaliam, o investigam, o examinam, será que não ameaçam destruí-lo no próprio embrião? Se somos incapazes de amar, tavlvez seja porque desejamos ser amados, quer dizer, queremos alguma coisa do outro (o amor), em vez de chegar a ele sem reinvindicações, desejando apenas sua simples presença.
Mais uma coisa: Tereza aceitou Karenin tal qual é, não procurou torná-lo sua imagem, aceitou de saída seu universo de cachorro, não desejou confiscar nada dele, não sente ciúmes de suas tendências secretas. Se o educou, não foi para mudá-lo (como um homem quer mudar sua mulher e uma mulher seu homem), mas para ensinar-lhe uma linguagem elementar que lhes facilitasse a convivência e compreensão.

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Lua Cheia - Chico.




Ninguém vai chegar do mar
nem vai me levar daqui
nem vai calar minha viola que desconsola,
chora notas pra ninguém ouvir
Minha voz ficou na espreita, na espera,
quisera abrir meu peito, cantar feliz
Preparei para você uma lua cheia
e você não veio, e você não quis
Meu violão ficou tão triste, pudera,
quem dera abrir janelas, fazer serão
Mas você me navegou mares tão diversos
e eu fiquei sem versos, e eu fiquei em vão

(diz que não, entra aqui arromba essa porta me renova, me inspira que por tu suspiro)

quinta-feira, 5 de julho de 2007

"Volver a los diecisiete"


Volver a los diecisiete después de vivir un siglo
Es como descifrar signos sin ser sabio competente,
Volver a ser de repente tan frágil como un segundo
Volver a sentir profundo como un niño frente a dios
Eso es lo que siento yo en este instante fecundo

Mi paso retrocedido cuando el de usted es avance
El arca de las alianzas ha penetrado en mi nido
Con todo su colorido se ha paseado por mis venas
Y hasta la dura cadena con que nos ata el destino
Es como un diamante fino que alumbra mi alma serena.

Lo que puede el sentimiento no lo ha podido el saber
Ni el más claro proceder, ni el más ancho pensamiento
Todo lo cambia al momento cual mago condescendiente
Nos aleja dulcemente de rencores y violencias
Solo el amor con su ciencia nos vuelve tan inocentes.

El amor es torbellino de pureza original
Hasta el feroz animal susurra su dulce trino
Detiene a los peregrinos, libera a los prisioneros,
El amor con sus esmeros al viejo lo vuelve niño
Y al malo sólo el cariño lo vuelve puro y sincero.

De par en par la ventana se abrió como por encanto
Entró el amor con su manto como una tibia mañana
Al son de su bella diana hizo brotar el jazmín
Volando cual serafín al cielo le puso aretes
Mis años en diecisiete los convirtió el querubín.

terça-feira, 3 de julho de 2007

"Vamos a Palermo"


Como explicar essa falta de segurança diante da amante? Não tinha razão para duvidar de si mesmo dessa maneira! Fora ela, não ele, quem dera os primeiros passos pouco depois que se encontraram. Era um homem bonito, estava no auge de sua carrera científica e era mesmo temido por seus colegas, pela ativez e obstinação que demonstrava nas polêmicas. Então por que repetia consigo mesmo a cada dia que sua amiga ia deixa-lo?
Não encontro outra explicação senão a de que o amor não era para ele o prolongamento, mas sim a antítese de sua vida pública. O amor era para ele o desejo de se entregar ás vontades e caprichos do outro. Aquele que se entrega ao outro como um prisioneiro deve antes entregar todas as armas. Vendo-se sem defesa, não pode deixar de se indignar quando virá o golpe. Posso, portanto que o amor para Franz é a espera contínua do golpe que iria antigi-lo.